A lotação do pronto-socorro do Hospital Santa Marcelina, na Zona Leste de São Paulo, fez com que a direção suspendesse os atendimentos. A situação é crítica.
Médico e enfermeiros não têm muito por onde circular. Pacientes em macas estão espalhados pelo pronto-socorro do hospital, inclusive pessoas com problemas graves.
Os doentes que estão com monitoração deveriam ficar em UTIs. Há pacientes com infecção generalizada, com insuficiência cardíaca e que tiveram derrame recebendo atendimento na enfermaria. Médicos e enfermeiros tentam manter as pessoas vivas até que apareça alguma vaga em UTI, mas o número de equipamentos é pequeno.
A direção do hospital Santa Marcelina diz que chegou ao limite. Até nos consultórios do pronto-socorro há gente internada. Por isso, o atendimento no lugar está suspenso desde sábado.
Marcelino, que sofreu um acidente de moto, saiu do jeito que chegou, mancando. Um aposentado que tinha consulta marcada também não foi atendido. O sobrinho terá de levá-lo ao hospital outro dia.
A direção do Santa Marcelina diz que o pronto-socorro tem capacidade para manter 11 pacientes internados, mas está com 35. O dinheiro que recebe do SUS é fixo. Se o pronto-socorro atende mais pacientes, a despesa é do próprio hospital.
Nós temos, na verdade, que arcar com esses custos que são decorrentes desse excesso de atendimento fazendo com que a gente tenha que recorrer a entidades financeiras”, diz Fabrício Santana Ferreira, diretor-administrativo do Hospital Santa Marcelina.
O hospital diz que só os casos mais graves podem ser atendidos. Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde informa que irá acionar o Ministério da Saúde para uma solução conjunta. Diz ainda que tem liberado uma verba extra de R$ 2,3 milhões por mês para ajudar o Santa Marcelina.
Já a Secretaria Municipal da Saúde informa que causou estranheza não ter sido avisada pelo hospital sobre a interrupção no atendimento e diz que o aviso teria permitido a montagem de uma estratégia de emergência para a região.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/20
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