Por André,
A busca pela beleza toca em cada aspecto de uma pessoa para a qual podemos, seja por um breve momento e por um motivo qualquer, nos afastar do engajamento direto, de modo a ajustá-lo dentro do nosso próprio olhar contemplativo. Tão logo uma pessoa se torna importante para nós, sentimos em nossa vida a atração gravitacional de sua existência; nós estamos, em certa medida, perplexos por sua individualidade. De tempos em tempos nós paramos na ocasião de sua presença e levamos em conta o fato incompreensível de que seu ser no mundo se torna claro a nós. E se ela amamos e nela confiamos, e nos sentimos confortáveis em sua companhia, então nosso sentimento, nesses momentos, é como o sentimento do belo – um puro endosso do outro, cuja alma brilha em sua face e em seus gestos da mesma forma que a beleza brilha numa obra de arte.
SCRUTON, Roger. Beauty. Oxford: Oxford University Press, 2009, p. 50, tradução e grifos meus.
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