Toda vez é a mesma coisa. Começam as Olimpíadas, a imprensa e o governo criam uma expectativa enorme quanto à quantidade de medalhas que o Brasil irá faturar. O desempenho no PanAmericano ajuda a fomentar a ilusão: num torneio onde a equipe C ou D dos EUA (os "high school") lidera, o Brasil consegue obter um número razoável de medalhas.
A mesma decepção se repete. Por quê?
Primeiro: o Brasil é um país praticamente monoesportivo, tudo gira em torno do futebol. Apenas para citar um exemplo em contrário (fora do eixo EUA-China). A Espanha, que domina o futebol atualmente, não é um país monoesportivo, recentemente Rafael Nadal foi eleito como maior atleta do país. Além de ser potência no basquete, tênis (como citado), automobilismo, ciclismo, e outros.
Atletas de outras modalidades não têm patrocínio nem arcabouço governamental, dependem, muitas vezes do investimento financeiro da própria família. Outros precisam até deixar o país para obter sucesso (penso que César Cielo seja o exemplo mais emblemático).
Quando encerram suas carreiras esportivas, ficam ao deus-dará. Visto que o Brasil é monoesportivo, eles não viram técnicos, comentaristas, articulistas de revistas especializadas do seu esporte. Sem profissão e sem carreira, ficam completamente desamparados.
Daí o desempenho pífio nas Olimpíadas. Daí a grandes promessas morrerem na praia (Daiane dos Santos).
Espelhar-se nos EUA pode ser a solução para mudar essa cultura monoesportiva:
As universidades terem equipes de vários esportes, os atletas serem formados em outras áreas, o investimento atingir o seu objetivo. Isso gerará mais atletas, de mais qualidade, mais competentes e com um futuro estabelecido.
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