Tradução: André Assi Barreto
Ao longo dos anos, vi incontáveis
listas de livros e existem dois na lista dos que “devem ser lidos” que falam
diretamente ao mundo moderno, mas de formas diferentes. Como trabalhos
distópicos, as pessoas tendem a ver ambos como “proféticos” e ainda, dos dois,
muitos veem a visão literária de um deles estava mais próxima da realidade que
o outro.
Os trabalhos são o 1984 de George
Orwell e Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley. Anterior ao ano de 1984, o
livro de Orwell se tornou um best seller mesmo sendo originalmente publicado em
1949. Entretanto, dos dois trabalhos, pode-se defender que a visão de Huxley
estava mais próxima da realidade e permanece cada vez mais contemporânea,
embora tenha sido originalmente publicada em 1932.
Os pesadelos de Orwell parecem
não ter se tornado verdadeiros. As pessoas que não leram os dois livros ou até
mesmo um deles, consideram, erroneamente, que ambos “previram” o mesmo futuro.
Orwell descreveu um mundo onde humanos seriam tomados por incríveis ameaças
externas. Na previsão de Huxley não há nenhum Big Brother que nos alcança em nossa
vida diária. Huxley imagina que a pessoa comum simplesmente se renderá e
simplesmente virá a amar o que se opõe a elas próprias. Elas viriam a “adorar”
as tecnologias diárias que eclipsam nossa habilidade de pensar e de viver realmente.
Orwell descreveu uma época de um
terrível banimento dos livros. Huxley foi muita mais acurado quando descreveu
um mundo em que banir livros é desnecessário, porque as pessoas simplesmente
pararam de ler. Pense em quão poucas pessoas de fato vão à Barnes and Noble
para compra livros e como poucas pessoas, até mesmo em campus universitários
que não leem sequer o jornal da universidade ou os manuais de seus cursos.
Espera-se ao menos que eles possam ler.
Ainda mais importante, Orwell
estava genuinamente assustado com a possibilidade de que a verdade ficaria
escondida de nós, ao passo que Huxley pareceu acertar em cheio ao dizer que a
verdade se perderia no meio de meras visões e sons, e desconsiderada como algo
sem importância.
Huxley não estava preocupado em
algum tipo de grande tirania tomando conta da humanidade, mas estava consciente
do nosso apetite insaciável pela próxima distração, que nos manteria longe do
que realmente importa. Portanto, exorto-vos a abrir seus olhos e ver que o
mundo está se tornando cada vez menos humano e peço que se junte aos esforços
para reclamar a humanidade perdida. Leia um livro, tenha uma conversa
significativa, pense profundamente e com consistência sobre aquilo que
realmente importa.
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