Dez
minutos de estudo sobre Edmund Burke e você descobre que este
liberal-conservador, crítico da Revolução Francesa, clamava pelo fim da
escravidão, era favorável às reivindicações dos colonos, pregava a
tolerância com os católicos.
Mais cinco minutos de estudo e você descobre que o liberal-conservador brasileiro Joaquim Nabuco também era abolicionista.
Fantasma do conservador inventado pelos experts tupiniquins:
conservador é aquele cara que quer conservar TODAS as "tradições" e
manter o "status quo" (existe merda maior que o atual status quo? Existe troço mais socialista?).
Das duas uma: ou se trata de extrema
burrice, falta de 15 minutos de pesquisa honesta ou se trata de pura
desonestidade mesmo. Por uma questão de fins estratégicos, naturalmente
que o último caso é o verdadeiro (ao menos em grande parte das vezes).
Na inabilidade de impugnar o discurso adversário racionalmente, só resta
a opção de fazer um espantalho dele e então "refutá-lo".
A pergunta que fica é: dá pra levar essa intelligentzia a sério, dá pra engajar um debate legítimo?
O mais patético é quando tentam associar os conservadores ao nazismo. Também não é preciso mais do que dez minutos de pesquisa para saber que a principal voz a se opor ao nazismo na Europa foi a de um eminente representante do conservadorismo britânico, Winston Churchill.
Enquanto isso, vale lembrar, os socialistas faziam pacto de não-agressão com Hitler e alegremente dividiam a Polônia com os nazistas.
É por isso que debates com a intelectualidade nativa me fazem lembrar daquela célebre frase do G. K. Chesterton: "O que odeio nos argumentos é que eles sempre interrompem uma discussão".
Pois é, Fernando! Sobre essa associação absurda entre capitalismo/direita/conservadorismo e nazismo, também escrevi um pequeno texto, confira se ainda não viu:
O mais patético é quando tentam associar os conservadores ao nazismo. Também não é preciso mais do que dez minutos de pesquisa para saber que a principal voz a se opor ao nazismo na Europa foi a de um eminente representante do conservadorismo britânico, Winston Churchill.
ResponderExcluirEnquanto isso, vale lembrar, os socialistas faziam pacto de não-agressão com Hitler e alegremente dividiam a Polônia com os nazistas.
É por isso que debates com a intelectualidade nativa me fazem lembrar daquela célebre frase do G. K. Chesterton: "O que odeio nos argumentos é que eles sempre interrompem uma discussão".
Pois é, Fernando! Sobre essa associação absurda entre capitalismo/direita/conservadorismo e nazismo, também escrevi um pequeno texto, confira se ainda não viu:
ResponderExcluirhttp://www.andreassibarreto.org/2013/07/alguns-fatos-politicamente-incorretos.html
Quanto à frase do Chesterton, penso o mesmo!
Obrigado pelo teu comentário. Um abraço.