Por André,
Oposição conservadora vence eleições na Austrália
Após seis anos no poder, trabalhistas do premiê Kevin Rudd perdem
eleições para liberais, liderados por Tony Abbott, que deve se tornar
novo primeiro-ministro. Fundador do Wikileaks, Julian Assange, concorre
ao Senado.
O líder conservador Tony Abbott prometeu realizar um governo "honesto e
competente" logo após ser confirmado, neste sábado (07/09), como
vencedor das eleições gerais na Austrália. A vitória de Abbott marca o
fim de seis anos do governo sob o comando do Partido Trabalhista.
"A partir de agora, eu declaro que a Austrália está sob nova
administração e novamente aberta aos negócios", afirmou Abbott a
apoiadores, em Sydney, comemorando a conquista nas urnas. O líder do
Partido Liberal prometeu ainda restaurar a estabilidade política do
país, reduzir taxas, cortar gastos do governo e aumentar o controle nas
fronteiras, mandando de volta refugiados que chegam de barco,
principalmente pela costa noroeste.
Abott deverá comandar uma economia de 1,4 trilhão de dólares exatamente
no momento em que ela se ajusta no fim de um prolongado boom de
investimentos em mineração, alimentado pela demanda chinesa pelos
abundantes recursos minerais da Austrália.
Insatisfação com governo
Para observadores, a derrota dos trabalhistas neste sábado revela a
insatisfação da população com as turbulências vividas do atual governo,
desde 2010 nas mãos de Kevin Rudd, e com a incapacidade de otimizar os
benefícios trazidos por anos seguidos de crescimento econômico. Este foi
o pior resultado alcançado pelos trabalhistas desde 2004 – quando o
então primeiro-ministro conservador, John Howard, conquistou seu quarto e
último mandato
Mesmo assim, o resultado não parece ser tão ruim quanto os dirigentes do
partido esperavam. Com mais de 90% dos votos apurados, as projeções dos
resultados oficiais previam para os trabalhistas 54 das 150 cadeiras do
Parlamento australiano e 91 assentos para os conservadores. Outros
partidos menores dividirão os lugares restantes.
Rudd havia sido primeiro-ministro entre 2007 e 2010, quando cedeu lugar a
Julia Gillard, primeira mulher a comandar a Austrália. Ele voltaria ao
poder em junho de 2013, em uma jogada do partido para tentar permanecer
no poder após as eleições de setembro.
Ironman no poder
O futuro primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, 55 anos, se
encaixa no estereótipo do típico australiano: frequentador de praia, ele
anda bronzeado e gosta de churrascos ao ar livre. Há três anos, ele
concorreu na modalidade esportiva Ironman, nadando 3,8 km, pedalando
outros 180 quilômetros e correndo uma maratona de 42 quilômetros – tudo
em menos de 14 horas.
Ex-boxeador e ex-seminarista, Abbott estudava na Universidade de Sydney
quando ganhou financiamento do Rhodes Scholarship para completar seus
estudos em política e direito na Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Durante sua campanha eleitoral, ele recebeu apoio do magnata das
comunicações Rupert Murdoch e de seus jornais australianos, que
incentivaram os leitores a rejeitar o novo governo sob o comando de
Kevin Rudd.
Assange para senador
Entre os mais de mil candidatos que concorreram nestas eleições da
Austrália estava o fundador do Wikileaks, Julian Assange, exilado na
embaixada do Equador em Londres há mais de um ano. Ele disputou uma vaga
no Senado pelo Partido Wikileaks.
Responsável pela publicação de documentos secretos americanos no site
Wikileaks, Assange, 42 anos, fez campanha pela internet e teve suas
entrevistas concedidas na embaixada transmitidas na Austrália.
Na Noruega:
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