Zizek deu uma curiosa entrevista à Folha de São Paulo, publicada hoje, onde o mesmo afirma: "não sou um daqueles esquerdistas loucos".
Confiram meus comentários:
Se o Zizek (que é esquerdista e louco), se vê como um diferente dos esquerdistas loucos é porque concebe um nível de loucura associado a esquerdismo pior que o seu próprio! Assustador, não quero nem pensar o que é isso.
Embora rejeite o relativismo (sinal que o tico e o teco estão a pleno vapor, ao menos), ele acha que existência do mesmo deve ser debitada da conta de quem? De seus próprios camaradas esquerdistas (e loucos também), oras!
Tem a honestidade de admitir que os EUA são preferíveis a China. Esse senso falta em alguns esquerdistas loucos. Ficam eternamente com o critério da "perfeição mundana", do "mundo melhor" que vai chegar um dia, mas nunca vem e esquecem que a realidade nunca vai se adequar às suas teorias malucas. Usam a palavra 'realpolitik' pra falar "bunito", mas não sabem o que significa (ou ainda: ficam eternamente "quebrando os ovos" em nome do mundo melhor e a omelete nunca vem).
Zizek vê o elo indissociável entre ordem-liberdade. Sem a primeira não faz sentido falar da segunda.
E last, but not least, o 'submundo' da economia soviética não se explica pelo par ordem superficial/desordem interior, mas por uma característica intrínseca à própria planificação econômica.
Tudo isso somado ao fato de, no conjunto da obra, Zizek não ter dito muito mais que obviedades ululantes a qualquer mente de reflete sinceramente: a democracia liberal é o que de melhor obtemos até agora, EUA é preferível frente a China, Cuba ou Coreia do Norte e as instituições humanas são imperfeitas (quer verdade mais óbvia, elementar e milenar que essa?).
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