O empresário Alexandre Paes dos Santos foi condenado a pagar R$ 5.000 a
Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, por tê-lo chamado
de "primário", "idiota" e "uma decepção" em conversa com jornalista da
revista "Veja" que não chegou a ser publicada. Cabe recurso.
Lulinha, como Fábio é conhecido, soube das declarações ao processar a
publicação por reportagens em que foi apontado como lobista.
Santos, também apresentado como lobista nas reportagens, teria dito ao
jornalista Alexandre Oltramari, da "Veja", que Lulinha despachava em seu
escritório em Brasília.
O empresário negou as afirmações, mas tornou-se réu em processos que o
filho de Lula moveu contra a Editora Abril, que publica "Veja", e
Oltramari.A revista entregou à Justiça a gravação das conversas de
Santos com o repórter, incluindo o trecho em que ele criticava Lulinha.
Ao saber do diálogo, Fábio abriu um novo processo, por dano moral.
Perdeu em primeira instância, mas, no último dia 10, a 1ª Câmara de
Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo acolheu em parte seu
recurso.
A decisão foi divulgada pelo site Consultor Jurídico.
O desembargador Alcides Leopoldo e Silva Júnior considerou que Santos
teve intenção de ofender Lulinha, mesmo que sua frase não tenha sido
publicada. Para o magistrado, a Abril e Oltramari não causaram danos.
O advogado de Lulinha, Cristiano Martins, disse que recorrerá para que
eles também sejam responsabilizados, porque teriam tornado as ofensas
públicas ao anexar o áudio ao processo.
Alexandre Fidalgo, advogado da Abril e de Oltramari, refuta o argumento.
"Se Lulinha quisesse preservar sua honra, teria pedido segredo de
Justiça", disse. O advogado de Santos, Eduardo Ferrão, não foi
localizado.
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