Por André,
A amiga Alessandra Barcelar, pesquisadora do assunto há anos, estreou na blogosfera, com seu site intitulado "Capitu de Ressaca". O objetivo do site é trazer sua vasta pesquisa histórica sobre massacres perpetrados por comunistas que a história "oficial" preferiu não contar. O post de estreia é uma pérola, sobre o Massacre da Foibe.
O Massacre das Foibe - O Holocausto Italiano
Foibe ou Foiba, são grandes buracos ou
cavernas verticais ou poços em formato de um funil em posição
invertida, sumidouros cársticos, somente na região de Istria estão
catalogadas cerca de 1.700 foibe.
O Massacre das Foibe aconteceu logo após o fim da segunda guerra
mundial. Na Itália a palavra “Foibe” tem um significado simbólico pois
representa todos os desaparecimentos ou mortes de pessoas italianas
(fascistas e não fascistas, civis, homens, mulheres e crianças), nos
territórios ocupados por forças comunistas Iugoslavas.
O massacre das foibe foi uma limpeza étnica (Um genocídio) contra a
população da Itália que habitava a região da Ístria e Dalmácia,que com o
fim da Segunda Guerra Mundial passaram a pertencer á Iugoslávia, foi um
genocídio praticado pelos comunistas partisans, comandado por Josip
Broz (Tito) e financiado pela União Soviética.
Os principais perseguidos pelos comunistas eram os fascistas, porém não demorou muito, também os não-fascistas passaram a ser perseguidos e assassinados com a única culpa de serem italianos. Os prisioneiros eram julgados, sem possibilidade de recurso, em que a decisão era sempre a pena de morte e executados imediatamente. Em 1943 descobriu-se um método mais eficaz para matar os prisioneiros ainda vivos. O “enfoibamento”.
As vítimas foram levadas para a beira dessas cavidades, amarradas com arame, os pés e as mãos e em seguida amarradas umas ás outras, o método de crueldade era, matar o primeiro quem estava á beira com um tiro na cabeça e esse caindo, arrastava os outros ainda com vida para o sumidouro.
Assim o enfoibamento manteve-se como o sistema de eliminação preferido pelos partisans comunistas, pela rapidez e por ser menos cansativo, por não ter que cavar buracos para enterrar as vítimas e acima de tudo por ser o sistema mais feroz.
Quantas pessoas foram assassinadas e jogadas? nós nunca saberemos, a única Foiba que permaneceu em território Italiano, a Bazovica, forneceu 500 metros cúbicos de restos humanos,cerca de 2.000 pessoas. As outras, as autoridades Iugoslavas nunca permitiram a realização de investigação em seus territórios e sempre recusou qualquer tipo de cooperação, e de fato foram rápidos em destruir nos países ocupados, os arquivos municipais e os arquivos de registros, para impedir qualquer investigação que poderia determinar o número de pessoas mortas.
Em 1947 os aliados deram a Tito o que ele queria: Istria, Fiume e Dalmácia, o que levou o êxodo de 300 mil italianos, os quais muitos outros foram mortos durante a deportação, ou nos campos de concentração Iugoslava.
Uma das vítimas mais conhecida do Massacre das Foibe foi Norma
Cossetto , uma estudante universitária de Istria, foi torturada ,
estuprada e jogada em um dos muitos desfiladeiros que caracterizam o
território de Venezia Giulia , juntamente com 25 outros infelizes na
noite entre 4 e 5 de Outubro de 1943. Sua história tem sido muitas vezes
considerada como emblemática para descrever as tragédias e sofrimentos
de Istria e Venezia Giulia Norma Cossetto era uma menina bonita de 24 anos , graduando-se em
Filosofia e Letras na Universidade de Pádua . Naquela época estava
preparando o material para a sua dissertação , que foi intitulado “The
Red Istria ” .
Em 25 de setembro de 1943, um grupo de guerrilheiros invadiu a casa dos Cossetto, eles foram até mesmo nos quartos , disparando sobre as camas para assustar as pessoas . No dia seguinte, retiraram Norma de sua casa . Foi levada pela primeira vez no antigo quartel dos Carabinieri Visignano onde os líderes forçaram á concordar em cooperar e juntar-se ao partido comunista italiano, com a recusa, trancaram-na no antigo quartel da Guardia di Finanza , em Porec, juntamente com outros parentes, amigos e conhecidos .
Após alguns dias , todos eles foram movidos durante a noite e
transportados por caminhão na escola Antignana , onde Norma começou seu
verdadeiro martírio. Amarrada em uma mesa com algumas cordas , foi
estuprada por dezessete captores , então jogada nua na caverna não
muito longe, em uma pilha de outros corpos de Istria.
Em 10 de dezembro de 1943, o Corpo de Bombeiros de Pula, sob o
comando do marechal Harzarich , recuperaram seu corpo : ela tinha caído
de costas, nua , com os braços amarrados com arame, em uma pilha de
outros corpos emaranhados , e teve as duas mamas esfaqueadas e outras
partes do corpo cheio de cicatrizes, Norma tinha as mãos amarradas para a
frente, enquanto as outras vítimas foram amarradas atrás . Em
depoimento de prisioneiros partidários , tomado mais tarde pela Istria
militar italiana , soube-se que Norma, durante a prisão foi estuprada
por muitos.
-Foibe de Basovizza e Monrupino: hoje monumento nacionais. Centenas
de vítimas. Entre os responsáveis pelos “enfoibamentos”, pode ser
incluído um bando de libertadores denominados Guarda do Povo.
- Foiba de Podubbo: não foi possível, por dificuldades a recuperação
de qualquer vitima, um Jornal da época refere que aqueles que desceram á
profundidade de 190 metros conseguiram reconhecer cinco corpos, entre
os quais uma mulher completamente nua, não identificados devido á
decomposição.
- Abismo de Semich: uma inspeção em 1994 apurou que os Partisans de
Tito, no mês de setembro haviam lançado no abismo de Semich, com uma
profundiade de 190 metros, uma centena de soldados italianos e civis
homens e mulheres, quase todos espancados antes e ainda vivos.
Impossível saber o número dos que foram lançados depois da guerra
terminar, esta é uma das tantas “foibes” cársicas consideradas aptas
pelos líderes dos tribunais populares, para condenar várias infâmias.
Nesse caso quem tivesse sentimentos italianos ou fosse simplesmente
objeto de suspeita ou rancores. Por dias a população ouviram gritos
provenientes do abismo, os gritos dos que sobreviveram, seja por ficarem
presos nas saliências rochosas, seja por ficarem loucos pelo desespero (
testemunho de Mons. Parentin – em “La Voce Giuliana” de 16/12/1980).
- Foibe de Opicina de Campagna e de Corgnale : Foram “enfoibadas”
cerca de 200 pessoas e entre essas encontra-se uma mulher e uma criança,
réus de serem mulher e filho de um guarda Carabinieri.
- “Foibe” de Casserova: na estrada de Fiume, entre Obrovo e Golazzo.
Foram lançados alemães, homens e mulheres italianas, eslovenos, muitos
ainda vivos, então, depois de lançar gasolina e granadas de mão,
fechando totalmente a entrada. Dificílima a recuperação.
- Abismo de Semez: a 7 maio de 1944 eram encontrados restos humanos
correspondentes a oitenta ou cem pessoas. Em 1945 foi ainda “usado”.
- “Foibe” de Villa Orizi: no mês de maio de 1945, os habitantes
locais viram longas filas de prisioneiros, alguns dos quais recitavam o
pai nosso, escoltados por partisans armados com metralhadoras, serem
conduzidos ao precipício. Os testemunhos estão de acordo ao indicar
cerca de duzentos prisioneiros eliminados.
- “Foibe” de Raspo: usada como palco de genocídio de italianos entre 1943 e 1945. Número de vítimas indefinido.
- “Foibe” de Brestovizza: assim narra o “Giornale di Trieste” datado
de 14/08/1947: “… os assassinos tinham-na espancado brutalmente,
partindo-lhe os braços antes de a lançar na “foibe”. Por três dias,
dizem os habitantes, ouviram-se os gritos da pobre que continuava
deitada e ferida, entregue ao terror, no fundo da gruta…”.
- “Foibe” de Zavni (floresta de Tarnova): lugar de martírio dos
guardas carabinieri de Gorizia e de outras centenas de eslovenos
opositores ao regime de Tito.
Fontes:
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