"É preciso ter a mente aberta. Só não aberta demais a ponto do cérebro cair fora"
Carl Sagan
A instituição APROFESP, por meio de seu presidente "Chico" Greter, divulgou nota de apoio ao professor Antonio Kubitschek (o que acha que Valesca Popozuda é grande pensadora), lida por Ricardo Boechat em seu programa na Band News FM.
Na nota, o há mais de 30 anos professor de Filosofia Greter, compara as críticas feitas a Popozuda às acusações, julgamento e condenação à morte do filósofo grego Sócrates (deixo à imaginação de vocês a tarefa de decidir se ele também insinuou que a Valesca pode vir a ter a importância de Sócrates um dia).
Muita gente não acreditou quando disse que o professor Antonio não estava sendo irônico, mas estava a falar sério. Pois é, ele estava a falar sério. Pois é, quem discordar dele é racista e classista. E Ricardo Boechat está de pleno acordo (aquele mesmo que acha que a ação dos Black Blocs não é violenta).
A verdade é que diversas levas de "professores" de filosofia, experientes ou recém-formados, não passam de repetidores de cliches baratos: "ser crítico", "abaixo o sistema" ou "estranhamento" como diz o professor. Mas essas mesmas pessoas repetem esses slogans desde formadas, slogans criados na década de 60. Que crítica é essa? Que crítica é essa que nunca se debruça sobre si? Quantos autores fora do círculo Rousseau-Marx-Bordieu-Foucault foram lidos nos cursos desses professores? Quantos deles foram críticos o suficiente e perceberam que eles próprios estão inseridos num sistema e então questionaram porque leem sempre as mesmas coisas e repetem os mesmos chavões?
É por isso que ninguém leva ciências humanas - mormente Filosofia e Sociologia - a sério. E a essa altura do campeonato nem acho que devam. Quem não leva a si próprio a sério e reduz a si próprio a uma condição menor que a Valesca Popozuda não pode, não deve e não é levado a sério.
E foi exatamente isso que ocorreu nos últimos dias. O comentário que mais ouvi (e concordei) foi "tinha que ser professor de Filosofia" - com o falante provavelmente puxando na memória a imagem do sujeito que fundamenta seu desdém, aquele bicho grilo cabeludo, barba por fazer, que quer mudar o mundo, mas só depois da Coca-Cola e da última capinha do iPhone.
É uma pena que um estudo tão nobre como a Filosofia esteja se reduzindo ao que está em nossa época.
A verdade é que diversas levas de "professores" de filosofia, experientes ou recém-formados, não passam de repetidores de cliches baratos: "ser crítico", "abaixo o sistema" ou "estranhamento" como diz o professor. Mas essas mesmas pessoas repetem esses slogans desde formadas, slogans criados na década de 60. Que crítica é essa? Que crítica é essa que nunca se debruça sobre si? Quantos autores fora do círculo Rousseau-Marx-Bordieu-Foucault foram lidos nos cursos desses professores? Quantos deles foram críticos o suficiente e perceberam que eles próprios estão inseridos num sistema e então questionaram porque leem sempre as mesmas coisas e repetem os mesmos chavões?
É por isso que ninguém leva ciências humanas - mormente Filosofia e Sociologia - a sério. E a essa altura do campeonato nem acho que devam. Quem não leva a si próprio a sério e reduz a si próprio a uma condição menor que a Valesca Popozuda não pode, não deve e não é levado a sério.
E foi exatamente isso que ocorreu nos últimos dias. O comentário que mais ouvi (e concordei) foi "tinha que ser professor de Filosofia" - com o falante provavelmente puxando na memória a imagem do sujeito que fundamenta seu desdém, aquele bicho grilo cabeludo, barba por fazer, que quer mudar o mundo, mas só depois da Coca-Cola e da última capinha do iPhone.
É uma pena que um estudo tão nobre como a Filosofia esteja se reduzindo ao que está em nossa época.
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Professor de Filosofia numa aula muito louca por aí. |
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