A esquerda adora usar certos lugares-comuns para atacar o caráter de interlocutores de não-esquerda. “Cidadão de bem” e “pai de família” estão entre eles. E também a famigerada “meritocracia”. Pretendo esgotar essa questão nesse texto, esclarecendo o que é a tal meritocracia e qual deve ser a abordagem correta em relação a ela[i].
No que diz respeito ao seu uso mais frequente, como lugar-comum e espantalho, nada a ilustra melhor que a imagem a seguir (e variações):

Imagem: Reprodução
Na cabeça de esquerdistas, a meritocracia é a justificativa reacionária para todas as mazelas do mundo. Quem está mal, assim está porque lhe falta mérito; caso o tivesse, qualquer anônimo miserável seria o Steve Jobs. E muitas vezes, equivocadamente, liberais, libertários ou conservadores caem na armadilha e se põem a defender mais ou menos essa versão do conceito.
Caso essa seja a meritocracia a ser defendida, estaríamos todos obrigados a concluir que 99,99% dos seres humanos não têm mérito, visto que a ocorrência de gênios que derivam riqueza financeira estratosférica a partir do nada é estritamente ínfimo. Não existem Steve Jobs, Bill Gates, Silvio Santos em cada esquina (ou existem e então a “meritocracia” é que não existe).
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